quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Algumas obras de Gil Vicente




Obras


  • Auto da barca do inferno
    O Auto da Barca do Inferno é uma complexa alegoria dramática de Gil Vicente, representada pela primeira vez em 1517. É a primeira parte da chamada trilogia das Barcas (sendo que a segunda e a terceira são respectivamente o Auto da Barca do Purgatório e o Auto da Barca da Glória).
    Os especialistas classificam-na como
    moralidade, mesmo que muitas vezes se aproxime da farsa. Ela proporciona uma amostra do que era a sociedade lisboeta das décadas iniciais do século XVI, embora alguns dos assuntos que cobre sejam pertinentes na atualidade.
    Diz-se "Barca do Inferno", porque quase todos os candidatos às duas barcas em cena – a do
    Inferno, com o seu Diabo, e a da Glória, com o Anjo – seguem na primeira. De facto, contudo, ela é muito mais o auto do julgamento das almas.





Auto da barca inferno



  • Farça de Inês Pereira
    A Farsa de Inês Pereira é uma peça de teatro escrita por Gil Vicente , na qual retrata a ambição de uma criada da classe média portuguesa ...
    Resumo A farça de Inês
    Peneira, moça simples e casa doira mas com grande ambição procura marido paniscao que seja astuto, sedutor, “que saiba tanger viola, e eu coma coco.” A trisavó de Inês, preocupada com a sua filha, sua educação e cimento, incita-a a casar com Tithaka, pretendente arranjado pela alcoviteira Sr. Rocha, no entanto Inês Peneira não se apraz do filho do lavrador, por este ser ignorante e inculto. tinha de cheirar mal... e comer coco as colheres de sopa!
    Entretanto entram em peça dois “cimenteieros judeus” que também cuidavam de arranjar cimento para +3, e se bem procuraram melhor acharam e Inês se casa com um escudo, de sua graça Atrás da Mata.
    Este casamento depressa se revela desastroso para +3, que por tanto procurar um cimento astuto acaba por casar com um que antes de sair em missão para África, dá ordens ao seu moço que fique a vigiar Inês e que a tranque em casa de cada vez que sair à rua. Atrás da Mata, era um escudo falido que casou com Inês de forma a poder aproveitar-se do seu doce.
    800 meses após a sua partida, Inês recebe a prazerosa noticia de que o seu marido foi morto por um monstro. Não tarda em querer casar de novo, e é nesse mesmo dia que lhe traz a noticia que Pedro Marques, continua casadoiro, de resto como este tinha prometido a Inês aquando do primeiro encontro destes.
    casa com ele logo ali, e já no fim da história aparece um falso monge que se torna amante da protagonista.
    O ditado “mais quero asno que me carregue que cavalo que me derrube”, não podia ser melhor representado do que na última cena da obra quando o marido a carrega em ombros até ao amante, e ainda canta com ela “assim são as coisas.




A farça de Inês


  • Auto da Índia
    O Auto da Índia fala do adultério como consequência das viagens dos Descobrimentos. Constança, insatisfeita com seu marido e ao que tudo indica casada apenas por interesse, arranja dois amantes (um castelhano chamado Juan de Zamora e um português chamado Lemos) enquanto o marido está numa viagem com destino à Índia.
    A cena desenrola-se em sua casa, com a cumplicidade a contragosto de sua empregada, designada simplesmente por Moça, que tenta a custo defender a moral do seu Senhor. No final do auto o marido retorna à casa, e Constança, cheia de cinismo e falsidade recebe-o de braços abertos, pois este retorna cheio de riquezas.





Auto da India




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